sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

São Paulo: “capital” para todos - Raquel Murad


São Paulo, uma imensa capital. Seja por extensão, por variedades de entretenimento e cultura ou por sua relevância econômica. Todavia, há um atributo que realça e motiva todos os outros anteriormente citados: a miscigenação dessa sublime capital. Motivos financeiros, sociais, climáticos, psicológicos se enquadram a essa diversidade, pois um local não pode ter caráter variado sem causas.

No século IX, a abolição da escravatura deu início à busca acirrada por mão-de-obra, contribuindo de forma árdua para a imigração em grande escala para o Brasil, especificamente São Paulo. Assim ocorreu por muito tempo e acontece até hoje, pois nesse capitalismo efervescente, muitos buscam sustento e equilíbrio nessa capital econômica de mais valia, e têm expectativas de uma vida menos flagelada.

Vendidos pelo cárcere da vida, moradores de estruturas inóspitas, como onde há seca, buscam refúgio em capitais onde terão estímulos para sobrevivência. Este também é um motivo da variedade cultural, ligado totalmente ao social e financeiro, porém com estruturas geográficas incluídas.

Razões psicológicas, tocadoras diretas do ser humano, implicam a mudanças de direção, na maioria das vezes, para um meio considerado melhor do que onde se está. Todos desejam o melhor para si, e se podem alcançá-lo, não é equivoco ao homem querer possuir o que almeja. São Paulo é a capital perfeita para este fim, pois é a que possui maiores investimentos em desenvolvimento profissional, cultural, de estudos, e tudo o que um humano pode querer. Entretanto, beneficiar-se pode acarretar problemas desgostosos para outros, então ocorrerá o equivoco. No tocante a esse aspecto, problemas urbanos seriam o “equivoco”, pois essa migração causa inchaço populacional, tornando a metrópole restrita.

Em função de todas essas causas e conseqüências, São Paulo é rico em culturas e em maneiras de ser. Ele pode ser considerado como um braço de aconchego para o Brasil e o mundo. O Brasil, em si, já é o globo inteiro dentro de um território especificamente delimitado. Assim como muitas células formam um ser, pedacinhos de culturas e raças de todo o mundo formam esta nação amada. São Paulo e Brasil são pátrias-mãe, em que a tolerância e compreensão reinam em meio a turbulentas diferenças, e onde cabe sempre mais um, pois há “capital” para todos.

Raquel Murad

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