segunda-feira, 30 de junho de 2008

O verdadeiro culpado - Lucas Alves Barros 2ºB


Muitos estudiosos defendem que os maiores responsáveis pela “extinção” do índio foram as missões jesuíticas e a ditadura militar brasileira. É verdade que ambos os fatores contribuíram bastante para a situação, mas também há falhas em atitudes do homem dito “civilizado” que, ainda hoje, vêm prejudicando a vivência dessa raça.
Durante o início da colonização do Brasil o índio foi alvo de uma tentativa de catequização, o que acarretaria na perda de seus costumes, suas crenças, seus hábitos, enfim sua cultura. Seu objetivo era conseguir assim escravos para serem utilizados no extrativismo vegetal e futuramente nas lavouras de cana-de-açúcar da colônia Brasil. Felizmente essa tentativa foi frustrada já que, além da mão-de-obra negra ser mais eficiente, foi difícil o acesso ao índio que se infiltrou no território por ele conhecido.
Já no período da ditadura sofreram um processo de adesão obrigatória da cultura brasileira, sendo forçados a falar o português e perder seus costumes indígenas. O “não-índio” obteve isso de formas brutais, com as quais não se trata nem um animal. Por outro lado também havia uma certa repressão há alguns para que mantivessem sua cultura ancestral, dentro de sua tribo.
Nos tempos atuais não existem as missões jesuíticas nem as repressões ditatoriais. O que nos leva a crer que o índio viva bem em seu território. Não é? Mas isso não é real, o “não-índio” vem aumentando gradativamente a interferência cultural sobre o índio, fazendo com que este tenha pensamentos capitalistas, o que nos leva a concluir que ambos são culpados. Um por induzir o outro à perda de sua identidade e o outro por se deixar, na maioria dos casos, ser induzido pelas idéias do primeiro.
Concluímos então que cada um tem sua parcela de culpa, quer venha do passado ou do presente, mas tem. Isso sem esquecer de citar a recente delimitação de terras indígenas e a extração madeireira nas mesmas que vêm causando inúmeros conflitos, reforçando ainda mais a resposta do verdadeiro culpado. Todos são de alguma forma responsáveis.

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